Esse problema na maioria das vezes está relacionado com o alto custo desse alimento. Nos Estados Unidos um substituto muito importante é a canola. Outro ponto importante é o DDG que tem em torno de 200 dólares por tonelada de custo, e a maior preocupação é a disponibilidade. Se tiver excesso de amido na dieta, podemos retirar uma parte do milho e colocar farelo de glúten de milho e isso vai te dar uma substituição proteica interessante.
Tudo depende do modelo ruminal que você está usando para o balanceamento da dieta, o NRC por exemplo, te permite usar muita ureia e se você estiver precisando de uma proteína by-pass, soja tostada entraria muito bem na dieta. Outra substituição que está sendo feita é de silagem de milho por gramíneas de alta proteína, essa substituição poderá de dar a economia de até 1kg de farelo de soja, porém, temos que ter em mente que essa gramínea vai ser 80% degradada no rúmen, com isso talvez necessite de uma proteína by-pass.
Podemos substituir também com resíduo de cervejaria, farelo de trigo, farelo de algodão. O farelo de algodão tem bastante fração C (30%) que é a fração não digestível, ou seja, é uma fração unida em nitrogênio insolúvel e FDA, temos também farelo de amendoim e farelo de girassol, mas é sempre muito importante avaliarmos o perfil de aminoácidos desses alimentos. O farelo de amendoim é praticamente proteína solúvel e fração A, ou seja, ele te impede de ser usado ureia podendo causar um risco, por isso deve-se ter cuidado com micotoxinas principalmente aflatoxina.
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