É possível trabalhar com deitas que contém 30 a 32% de amido em dietas de alta fermentabilidade?

Nos Estados Unidos eu não ficaria confortável em usar uma dieta com esse teor de amido, vindo de silagem de milho e grão úmido, pois a velocidade de degradação de amido é muito rápida. Existe uma diferença entre o milho brasileiro que é extremamente duro comparado ao milho americano que é dentado, porém mesmo assim eu ficaria preocupado com esse teor elevado de amido. O interessante é buscar uma solução para isso, como subprodutos. Sempre precisamos avaliar as commodities, por exemplo, nos Estados Unidos não está compensando utilizar casquinha de soja, por estar com um custo mais elevado do que o farelo de glúten de milho, essa variação de produtos na dieta é inevitável mas devemos sempre respeitar a dieta.

Mas em situações em que não se tem opção temos que tentar dividir a fermentação do amido, utilizando 50% de grão reidratado e 50% de grão seco para diminuir a taxa de passagem, aumentar o poder tamponante da dieta, usar alguns probióticos que poderão ajudar a diminuir o acumulo de ácido lático no rúmen. Também poderia ser feito a análise de amido fecal, para se ter uma noção do que está acontecendo com esses animais.

A análise de amido fecal vai ajudar a entender o tamanho do risco que se tem, quando encontramos 10% de amido saindo das fezes o risco é um, já se encontrarmos 2% o risco é muito maior. Nos Estados Unidos com certeza trabalharemos em fazendas onde vamos encontrar 5 a 6% de amido nas fezes, a nossa meta é de colocarmos menos de 4% do milho que a vaca está ingerindo no esterco, acima de 4% nós vamos estar colocando o leite no esterco e isso é péssimo, para que isso não aconteça devemos atuar melhorando o processamento dos amidos.

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